Brasil: Um Exemplo de Convivência na Diversidade

José Ortiz C. Neto, Jornalista

Quem conhece medianamente a história dos povos denominados do 1º Mundo sabe do profundo racismo que imperou e impera em muitas nações, sobretudo nas de origem anglo-saxão (Estados Unidos e Inglaterra). Citamos como exemplo a Índia penosamente libertada dos ingleses por Ghandi, a África do Sul colonizada pelos britânicos onde os negros (legitimamente os habitantes nativos daquelas paragens) foram separados do convívio com os brancos e tiveram seus direitos sistemática e brutalmente violados até aos dias atuais. Os EUA, nação onde nasceu a famigerada Klu-Klux-Klan, seguiu os passos de seus avoengos britânicos numa constante (e ainda atual) perseguição às pessoas de cor, que culminou com o assassinato político do inesquecível líder negro Martin Luther King.

Nos filmes de hoje, os Estados Unidos procuram demonstrar sua “democracia racial” colocando atores negros ao lado de brancos, trabalhando em “duplas” de heróis. Se houvesse democracia racial mesmo, os atores seriam mulatos… Ou caboclos, mamelucos, cafuzos, niseis etc., frutos da miscigenação racial entre europeus, índios, orientais e africanos, como acontece com a maioria do povo brasileiro.

Direitos Humanos e união inter-racial caminham juntas; daí o Brasil, neste terreno, ser para o mundo um exemplo de convívio pacífico e fraterno entre raças, religiões, usos e costumes. Refiro-me ao espírito do povo e não a eventuais atitudes do poder.

Acerca deste assunto, sugerimos a leitura do livro História Secreta do Brasil – O Millennium e o Homem Universal, lançado recentemente pela escritora e psicanalista Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco, obra que vem preencher uma lacuna na cultura lusófona, trazendo dados que deveriam ser do conhecimento de todos os brasileiros, portugueses e demais povos de língua portuguesa.